Para comemorar os 30 anos do espaço que é referência em arte no Rio Grande do Sul, o Museu do Trabalho ganha catálogo que conta toda sua trajetória.
Há três décadas o antigo pavilhão branco abriga as mais diversas manifestações culturais que a capital gaúcha já viu. De sede de máquinas, instrumentos de trabalho e documentos doados por empresas e trabalhadores o Museu do Trabalho passou a ser um espaço de artes plásticas, teatro e dança. Sua história foi construída por meio do esforço e da paixão de muitas pessoas que, de diferentes formas, contribuíram para a viabilização de um local multidisciplinar, dinâmico e independente, onde a criação artística ocupa uma posição de destaque e integra de maneira definitiva a vida cultural de Porto Alegre.
Diante dessa trajetória, o livro Museu do Trabalho – Catálogo documenta a história através de fotos, relatos de artistas, grupos e trabalhadores em geral que de alguma forma fizeram parte desse longo e criativo percurso. Projetado pela equipe do Museu e financiado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura – FUMPROARTE, o livro revela em 144 páginas os 30 anos do espaço cultural, abrangendo desde a época onde a ideia de construir um “museu do trabalho” estava ligada ao prédio da Usina do Gasômetro em Porto Alegre, até os dias atuais.
O que era pra ser a “sede provisória” do museu em 1982, permanece até hoje e, após 30 anos, se tornou um espaço de referência não só de memória do setor trabalhista da época, mas também nas artes visuais de Porto Alegre, onde são expostas obras de artistas já consagrados, como Britto Velho, Maria Tomaselli, Teresa Poester, Gelson Radaelli e Eduardo Haesbaert, artistas gráficos como Fabio Zimbres, Jaca, Rodrigo Rosa, Allan Sieber, Laura Teixeira, alguns com um viés bem contemporâneo, como Alex Hornest e Flip e ainda a novíssima geração: Talita Hoffmann, Lilian Maus, Gabriel Neto e Valesca Kuhn.
Toda a coleção cinematográfica da Leopoldis-Som, que hoje por motivo de manutenção e conservação está na sede da emissora RBSTV, pertence ao Museu. O local também possui uma oficina gráfica, oriunda da parceria com Danúbio Gonçalves em 1987, e que atualmente produz todos os materiais de serigrafia, litogragruva, gravura em metal, xilogravura e escultura do museu. É dessa oficina gráfica que saem as gravuras que o Museu utiliza para o Consórcio de Gravuras, uma iniciativa consolidada, que facilita o acesso do público às obras de arte e contribui para a formação de público interessado no gênero.
O Teatro do Museu, em funcionamento desde 1984, é outro importante espaço do museu que passa cada vez mais a investir em produções locais. Administrado pelo próprio Museu, recebe importantes companhias teatrais, assim como é palco de grandes festivais internacionais, como o Porto Alegre em Cena. A Sala de Dança do Museu antigamente servia de apoio ao teatro, porém hoje é ocupada pela Cia. Terpsí Teatro de Dança, que desenvolve suas atividades, ensaios de espetáculos, cursos de dança e seminários.
Serviço:
Museu do Trabalho - Catálogo
À venda na Ilhota, Loja 38 do Mercado Público de Porto Alegre
Preço: R$ 30,00 - 144 páginas
Fonte: http://www.cultnews.com.br/